sexta-feira, 27 de julho de 2012

Começando pelo fim

Primeiro post desse site que vai contar sobre minhas produções & afins.

Primeira musica, a ultima a ser finalizada:
Mari & The Soulmates, Estranhos Conhecidos, primeiro single do disco que está vindo em breve, chamado Singelas Observações.

http://soundcloud.com/iuri-freiberger/mari-soulmates-estranhos


Lucas Cabelo me chamou pra gravar as canções que ele fazia com a Mari, sua esposa, numa onda ainda sem muita definição, mas caindo para um blues poderoso.
Quando ouvi o repertorio, bateu na hora: aproveitar os anos de experiência que tive com a Hard Working Band e colocar essa minha grande influência em prol desse trabalho. E claro, aproveitar a onda de renovação da soul music mundial, que estourou com a Amy Winehouse.

Seguindo essa ideia, fui atrás de um teste que pensava realizar fazia um tempo, de conseguir alcançar uma sonoridade vintage sem usar recursos antigos, que são raros aqui no Brasil, e em Porto Alegre, onde gravamos. A jogada era basicamente saturação, como em canções clássicas como How Sweet It Is (to Be Loved By You) - Marvin Gaye.

http://www.youtube.com/watch?v=_7Dan8efgjw

Usei 3 mics na bateria, nada close, pra testar, e o drive gerado pelo ganho de entrada de um Avalon 747, atochando mesmo, e segurando na saída. Valvula mandando em tudo, nos transientes e na saturação principalmente dos medio graves. E tudo simples na bateria, que é usada para ensaios. Só troquei a pele de bumbo, um 20" Mapex, usei uma pele porosa, com afinação alta mesmo. O som enorme é do processo, e do plate na mix, da UAD.

Aí, rolou. Apliquei mesma concepção pra pandeirola, e claro, depois conto os outros truques de mix.

A partir daí, fui seguindo essa onda nos outros instrumentos, mas principalmente no baixo do Pedro Porto, que veio com um Precision 74 e um pré da Tech 21, que simula os amps antigos e toscos. Som pesado e denso, sem brilho e sem frescura.

Guitarra e piano foram mais simples, mas ainda com um tanto de drive no processo.

A voz da Mari gravamos no Fruet, estudio pequeno mas muito bem equipado e cuidado, de um cara muito bacana, otimo produtor e excelente compositor/cantor.

Se ainda não tinhamos testado a velharia, a ideia aqui se aproximar, ao gravar a voz com um mic de fita Peluzzo, bem bacana, passando por um pré/comp UA.

Pros sopros, usei a concept que ha anos penso pra naipe: um mic omni e só. Claro, depende muito dos musicos, mas naipe é naipe, sempre foi, as orquestras que nos ensinaram isso.

E foi uma novidade até mesmo pros musicos, que ainda não tinham gravado assim, os 3 juntos mirando um mic só. Outra sonoridade, claro, ainda apertando um pouco na entrada com o Avalon, pra nivelar a dinamica entre eles.

A mix fiz no Fruet, porque ele tem um sistema bacana, com summing, as placas UAD, e usamos o pré da UA 710 pra volta, ainda pra dar mais uma esquentadinha no fim.
A jogada foi usar os simuladores de fita da Studer, que é bunitão, e dá uma saturação diferente, calculada muito bem a partir do que acontece na vida real. Calculadoras estão ficando craques finalmente!

http://www.uaudio.com/store/special-processing/studer-a800-tape-recorder.html

Marcos Abreu masterizou usando fita de verdade.